quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Desconciência


No último de 20 de Novembro celebramos o “dia nacional da consciência negra”. Esse dia é dedicado para a reflexão da inserção do negro na sociedade, preconceitos e outras questões relacionadas. O dia foi escolhido por coincidir com a data da morte de Zumbi de Palmares em 1695. Esse dia não é feriado nacional diferentemente do carnaval. Fazendo uma ligação simples, também é comemorado o dia de Mawu, que seria a deusa suprema criadora de todas as coisas nas religiões africanas.
            Irônico quando percebemos que a sociedade e o governo (federal e estadual) se mobilizam para a realização de uma festa e um feriado como o carnaval, mas pouco se lembram do “dia da consciência negra”. Não vi em minha cidade nada que me lembrasse desse feriado, nada como as grandes outdoors de carnaval, pessoas festejando ou qualquer de baderna.
            Talvez, o que falta é a consciência negra. O Brasil é negro. Mesmo um branco de cabelo liso, aqui no Brasil, é “negro”. Em toda a nossa sociedade temos a influência da cultura africana, seja na comida, com a feijoada, seja nas danças, com o samba ou nas lutas com a capoeira. A afirmação correta seria que nossa sociedade (inclusive os negros “oficiais”) é regada de preconceito implícito.
            Esse preconceito pode ser percebido na maneira de tratamento das próprias influências negras que temos: por que a mitologia grega ou romana é escrita em livros literários que fazem sucesso e viram filmes, enquanto a mitologia das religiões africanas é mal vistas e chamadas do nome pejorativo de “macumba”? Por que dar cotas para negros? Somos todos iguais, e no mínimo 80% da população brasileira têm descendência africana. Diga-me um apresentador negro em atividade na TV brasileira. Qual o problema da palavra “preto”? E porque o dia da “consciência negra” não é feriado?
O problema do Brasil e de sua população é a falsa moral. Muito se prega, mas pouco se faz. Muito se quer, mas pouco se esforça. Não se percebe que as leis são preconceituosas. Não se percebe que a mídia é preconceituosa. A religião tem preconceito. O esporte tem preconceito. Algum dia eu gostaria de ver algum filme da mitologia africana.

domingo, 11 de novembro de 2012

Royalties, vamos a polêmica.



   Essa semana foi aprovada no congresso a lei que regulamenta a distribuição dos royalties para todos os estados e municípios do Brasil de forma quase igual. E a polêmica cresce cada vez mais, tendo até as olimpíadas e a copa do mundo ameaçadas.
   
Bem, o Brasil como carrega no próprio nome é uma Republica. Logo, uma Republica onde os estados fazem parte de um Estado “maior”, a nação. Essa nação tem total direito sobre os recursos naturais de todo o território nacional, inclusive o petróleo. A nação capta a grande parte dos impostos e repassa aos estados alguma parte. A outra parte ela usa por si.
    
 Para se entender melhor vai uma pequena síntese. Ao final do ano cada estado repassa para a União “todo” o imposto recolhido e esses impostos são unidos aos de outros estados. A União então calcula quanto cada um precisa e faz uma conta de redistribuição de renda (dar mais aos que mais necessitam) e então repassa determinada quantidade a cada Estado. Para se ter uma idéia, em 2009 o Rio de Janeiro pagou aproximadamente 100 bilhões de reais e recebeu apenas 16 bilhões, enquanto o Maranhão pagou aproximadamente 2 bilhões e recebeu 10 bilhões. Isso acontece porque vivemos em uma Republica Federativa, onde todos os estados devem subordinação à União. Inclusive em relação a impostos, renda e distribuição das mesmas.
  
Esses royalties desde já atraíram muito dinheiro e muita confusão. Especularam sem saber se era real, divulgaram sem saber se era verdade. Antes mesmo de terem certeza de como seriam feita sua redistribuição, já tinha governo gastando o que achava que ia ganhar. Exemplo o nosso querido governador capixaba Paulo Hartung, que fez um milagre econômico no Espírito Santo, mas agora pode ver esse milagre revelado como uma grande ilusão com a divisão dos royalties. Outra desilusão foi o Governador do Rio, que assinou compromissos (Copa e Olimpíadas) pressupondo que teria o dinheiro dos royalties. E esses Governos ainda vão ter de rebolar muito, pois terão de pagar funcionários e obras com um dinheiro que não vai vir.

   Novamente a especulação e a falta de planejamento atingem o governo brasileiro. Estados se vêem perdidos e já prevêem uma crise. Políticos defendem uma causa perdida e equivocada. Pessoas protestam e nem pensam no que estão falando. Imagine se os impostos não fossem redistribuídos, apenas Rio e São Paulo já ficariam com cerca de 60% de toda a renda do país ! E, enquanto o povo brasileiro não pensar em um tom unítono, podemos esperar mais uma vez, uma alienação pregada pelos políticos e o egoísmo tomar conta da nação.


Que se divida os Royalties pelo bem da Nação.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nova Aurora Passada


   Esporadicamente no Brasil temos uma explosão romântica. Um patriotismo exagerado que quase sempre culmina em uma decepção. Para uns o fim desse período significa uma nova aurora, para outros é apenas mais um ciclo desperdiçado. Para a grande maioria do povo é apenas o fim do ano eleitoral.

    Em 2012 tivemos uma eleição curiosa. Participação maciça das redes sociais, grandes duelos nas prefeituras, polemicas, confrontos, vexames, vergonha alheia, corrupção, vitória, derrota, decepção, alegria. Foi um ano eleitoral para não sair da mente por um tempo. Casos como o Mensalão foram explorados pelo Brasil afora, e definitivamente não obtiveram sucesso. O PT foi o partido vencedor em 2012. O PT foi o partido mais votado nas eleições, além de conseguir um crescimento no numero de prefeituras de aproximadamente 14% e ganhar a eleição na maior cidade do país, São Paulo. O PSDB seu maior inimigo, diminuiu 11% e perdeu uma de suas “bases”, a própria São Paulo. Resta ao PSDB agora apenas Minas Gerais.

   Fato curioso talvez seja o tamanho do PMDB que tem 1031 prefeituras em um total de aproximadamente 5500 prefeituras e não consegue emplacar uma candidatura à presidência. O crescimento de 42% do PSB também espanta, e pode causar até uma ruptura na base aliada do PT.
Ao fim das eleições, podemos perceber a intimidade maior dos eleitores com os partidos de “esquerda” e o decréscimo de partidos de “direita” como PSDB, PP e DEM. O DEM, aliás, que protagonizou o maior vexame das eleições, onde teve um decréscimo de 44%. Talvez programas sociais como o Bolsa Família, PRO-UNI e outros mais estejam impactando a população. Talvez não estejam.

   Talvez tenha sido uma boa eleição, talvez não. Talvez o PiG* tenha perdido, talvez não. Talvez o Padim Cerra** vai desistir, é claro que não. Talvez isso seja uma democracia, definitivamente não.



*Partido da impressa Golpista: No Brasil temos o PiG, formado pelo conglomerado Globo, Abril e etc. Esses apoiam incondicionalmente o PSDB e desprezam qualquer outro partido.
**Quem você lembra quando vem à sua mente o numero 45 e candidatura à presidente ? Ele mesmo, José Serra.

domingo, 21 de outubro de 2012

Repoligião



   Todo ano eleitoral temos uma horda de políticos visitando Igrejas e outros Centros religiosos atrás de votos. Seguindo essa horda de políticos “religiosos”, temos outra legião de políticos que condenam tal atitude. No meio desse fogo cruzado muitas vezes surgem diferenças e até conflitos religiosos, que fazem o povo deixar em segundo plano o debate político em si.
    
Na história recente do Brasil, na eleição de 2010, vimos um grande apelo religioso pró Marina e contra Dilma. Chegaram a dizer que Dilma era lésbica e ia liberar o aborto, bem, não foi isso que aconteceu (ao menos até agora). Atualmente em São Paulo, Celso Russomano, candidato a prefeito pelo PRB recebeu um vasto apoio das Igrejas Evangélicas, mas viu sua candidatura ir por água abaixo graças ao seu plano inconsistente de governo. No Espírito Santo temos o Senador Magno Malta (PR) que após muitos anos de destaque como Senador agora passa por certo descontentamento do próprio eleitorado religioso.
   
   O Brasil é um país que se considera laico, ou seja, sem definição religiosa formal. Mas a população não é laica. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2010, 64% (cerca de 123 milhões) são católicos; 22% (cerca de 42,3 milhões) protestantes; 8,0% (cerca de 15,3 milhões) declaram-se sem religião; os outros 6% se dividem entre outras religiões como afros, espíritas, islamismo, judaísmo e etc. Resumindo, 86% da população brasileira é Cristã, isso não é pouca coisa.  Talvez por essa razão assuntos como aborto, homossexualidade e pena de morte tenham tanta importância na esfera política de nosso país.
   
   Dando um enfoque maior ao Cristianismo – por motivo de maioria -, não achamos nada na bíblia que incentive explicitamente influencia religiosa na política. Entendo que os cristãos votam em seus semelhantes esperando um governo mais justo e adequado à ética cristã. Claro que nem todos conseguem e muitos se corrompem como o senhor Leonardo Prudente (DEM) que está na lista de envolvidos com o mensalão. Então, como saber quem é e quem não é cristão de verdade?
   Outra questão é a participação de lideres religiosos na política, como o senhor Silas Malafia, que vira e meche se enfia na política, muitas vezes se estapeando com a própria ignorância. Caso esse aconteceu agora no segundo turno da eleição de São Paulo. Silas Malafaia fez uma serie de criticas ao “kit gay” de Fernando Haddad (PT), e declarou apoio a José Serra (PSDB). Ele só se esqueceu que José Serra também criou um “kit gay” e distribuiu em São Paulo no ano de 2009.
   
   Entre casos e acasos, exemplos e exemplares, o mundo político brasileiro com certeza é um dos mais complexos do mundo e com certeza um dos mais esquizofrênicos também. Cabe a cada um a maneira de decidir seu voto, mas será mesmo que se dizer da mesma religião que a sua significa tudo?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Demo Cracia



Democracia, do grego demo + kratos, ou governo do povo. Diferente do que muitos pensam, não foi Atenas que a criou, Atenas foi apenas a maior representação que temos do mundo antigo. Dois dos maiores Filósofos gregos, Aristóteles e Platão, eram contra este tipo de Governo e a consideravam como a depreciação da Republica. Para Platão, a Democracia surge quando os pobres matam os adversários e exilam outros (me lembro da ditadura) e dividem o poder por meio de sorteio. Platão vai além e diz que a Democracia peca por se dividir demais, se desfragmenta em pequenos grupos – partidos – e perde o sentido de ordem. Aristóteles define a democracia como o governo da corrupção. Aristóteles e Platão além de Filósofos também eram videntes?
    Existe Democracia de duas maneiras principais: Direta e Indireta. A democracia direta é aquela em que o “povo realmente decide”, por exemplo, a Suíça, onde ocorrem vários referendos e a população vota “realmente” para decidir alguma coisa. A outra forma é a Democracia Indireta, e o exemplo é o Brasil.
   A “democracia” brasileira foi baseada – acho – na democracia descrita por Aristóteles, pois seria coincidência demais o fato da corrupção ser desproposital. No Brasil, temos a “democracia” representativa, onde o povo elege os representantes para que eles façam besteiras as escolhas. É bem simples, em uma democracia, somos OBRIGADOS a votar em alguém que na maioria das vezes nem conhecemos, e esta pessoa quando eleita vota secretamente nas leis que vão reger nosso país.
   Já Platão merece reconhecimento por outra característica de nossa “democracia”. Como ele já havia previsto dito, a democracia se divide muito. São 30 partidos que existem em nosso país. O mais antigo é o PMDB (PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO) e o mais novo é o PEN (PARTIDO ECOLÓGICO NACIONAL). Esta multiplicidade de partidos seria boa se não causasse uma crise de identidade na população, que não percebe a diferença entre eles e acaba não se identificando com nenhum.
   O resultado da nossa “democracia” acontece nas nossas sofríveis eleições. Políticos desconhecidos são eleitos graças à famosa “legenda”, compram votos e fazem o uso do famoso Coronelismo. No final, a população fica revoltada com a ação destes “eleitos” e reclama por quatro anos. Mas quando tem a oportunidade de mudar, insiste em cometer o mesmo erro.
   O “Governo do Povo (Democracia)”, aqui no Brasil, temos um “povo” que insiste em não querer governar.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Brasil X Prêmio Nobel

Um gênio como Alfred Nobel (1833 - 1896), depois de ter dedicado sua vida a Engenharia Química e Civil, e ter transformado o uso da nitroglicerina recém descoberta na sua época para algo mais simples como a dinamite, deixou em seu testamento registrado o desejo de que todas as pessoas que contribuíram de forma significativa para o avanço da humanidade fossem premiados e reconhecidos como grandes gênios internacionais. Em 1900 foi criada a Fundação Nobel, responsável pelas premiações internacionais de acordo com a vontade relatada no testamento do inventor de mesmo nome. Pelo mundo todo, desde 1901, pessoas são laureadas nas áreas de Medicina, Química, Física, Paz, Literatura e recentemente Economia. Mas há um fato que incomoda a todos nós brasileiros: porque nunca nenhum brasileiro ganhou o Prêmio Nobel?

Podemos citar inúmeros escritores fundamentais na literatura como Machado de Assis, Guimarães Rosa, Drummond de Andrade e até alguns mais atuais como Chico Buarque de Hollanda que por mérito e excelência já poderiam ter sido agraciados com tal prêmio, já que são unânimes em originalidade não só no Brasil como em vários outros países.


Nas outras áreas como Medicina, Carlos Chagas foi indicado quatro vezes ao prêmio, sendo este o responsável pelo conhecimento da doença denominada “Mau de Chagas” e mesmo assim, não levou o prêmio. Em 2009, Miguel Nicolelis foi indicado ao Prêmio Nobel após desenvolver um trabalho envolvendo computadores, células-tronco e medula óssea especializado para portadores do Mal de Parkinson, também não conseguiu.
Por muitos anos vimos brasileiros sendo indicados nas respectivas áreas do Nobel, e mesmo assim tendo seus feitos ignorados, passando inclusive a imagem de se tratar de um problema pessoal com os brasileiros. Pesquisando mais a fundo a respeito dos indicados tupiniquins que fracassaram, é fácil encontrar opiniões norte-americanas do tipo “os brasileiros ficam mais felizes em ser a sede da Copa do Mundo de Futebol do que em ganhar um prêmio como este” ou latino-americanos são inúteis e não contribuem para o avanço da humanidade” em fórums internacionais, deixando a visão que se tem dos brasileiros e o preconceito bem perceptível, escancarado até.
Eis que surge a dúvida na cabeça de todos os brasileiros: até quando o pensamento nos moldes norte-americanos serão predominantes e de tamanha influência?
Na próxima quinta-feira, 11/10, o mundo acompanhará a premiação de Literatura da Fundação Nobel do ano de 2012, onde temos um indicado fazendo às vezes do país do futebol na premiação. Ariano Suassuna (85 anos, Paraíba) depois de ganhar vários prêmios por aqui e ser considerado um dos mais importantes escritores da nossa rica literatura, concorre ao prêmio. 

Aguardemos o resultado para tirarmos nossas conclusões. Se este for o primeiro brasileiro a ser laureado com o tão desejado Prêmio Nobel, talvez seja o início de uma nova era. Se não for desta vez, a possibilidade de que este seja um problema pessoal do resto do mundo contra o Brasil fica cada vez mais real.

sábado, 6 de outubro de 2012

Um Elefante Incomoda Muita Gente. Mas Um Filme Incomoda Muito Mais.



Agora, no segundo semestre de 2012, foi lançado um filme no Youtube que causou uma onda de protestos e atentados por todo o mundo. O filme intitulado “Innocence of the Muslins” trata Maomé como um mulherengo, homossexual, pedófilo, um falso religioso e sanguinário. Este filme foi produzido pelo louco diretor Nakula Basselet Nakula, que chegou a ter recompensa de US$ 100 mil (R$ 202 mil) pela sua cabeça. Em 19 de setembro, um seminário francês "Charlie Hebdo" aumentou a confusão ao publicar charges retratando o profeta. Em meio a todas essas agressões, vemos um mundo árabe revoltado (e com razão até certo ponto), e um Ocidente perdido em meio a opiniões diversas.
A onda de protestos parece ser uma das maiores que o mundo já viu: inclui mais de 12 países com protestos formais e toda uma religião (Islamismo) que abrange 19,2% da população mundial querendo quebrar tudo. Embaixadas americanas sendo destruídas, atentados terroristas pelo mundo e até o “coitado” do Príncipe Harry, que serve ao Exercito Britânico no Afeganistão, já foi jurado de morte. Mas o que será que a religião Islâmica diz disso tudo? Basear-nos-emos em algumas fontes, mas sabendo que é apenas uma tentativa de representação e não a verdade absoluta.
A religião Islâmica tem várias vertentes, e nem todas apoiam totalmente o terrorismo. Como exemplo, o protesto no Egito contra os atentados às embaixadas. Pode parecer irônico, mas “Islam” significa “fazer a paz”, ou seja, a religião islâmica se baseia na paz. E ao contrário do que a mídia espalha, a guerra santa nem aparece no Alcorão. Outra palavra que a mídia usa muito para representar o terrorismo é a “Jihad”, esta sim aparece no Alcorão, mas não tem nada a ver com “Guerra”. Não é muito fácil de traduzir o “Jihad”, a melhor expressão é “se esforçar ao máximo”, ou seja, se empenhar ao máximo para qualquer ação.
Outra informação muito divulgada pela mídia é que os Islâmicos são intolerantes quanto à religião, mas não é bem assim:

“Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro...” (C.2 – V.256).

Esse trecho do Alcorão reflete bem. Segundo o ALCORÃO (não que todos o sigam ao pé da letra) não existe essa historinha de “ou aceita o islamismo ou vou te explodir junto comigo”, pois podemos ver que não existe imposição quanto a outras religiões.
Levando em conta nosso mundo Ocidental capitalista e mentiroso, percebe-se que a mídia Ocidental cria um preconceito (consciente ou não) na população contra os Islâmicos. Talvez por causa do Petróleo, ou por medo de uma religião que cresce assustadoramente. Para muitos, Islamismo, Árabe, Muçulmano, Oriente Médio e outros termos, são quase sinônimos de terrorismo e morte.

Ou seja, não é bem assim.